COMO LIDAR COM A ANSIEDADE RELACIONAL ANTES QUE ELA PREJUDIQUE VOCÊ (E SEUS RELACIONAMENTOS)

Como lidar com a ansiedade relacional antes que ela prejudique você (e seus relacionamentos)? Entender as causas subjacentes e adotar estratégias práticas pode ser fundamental. Vamos explorar métodos eficazes para manter a calma e fortalecer seus vínculos afetivos.

Introdução

A ansiedade em um relacionamento é uma experiência comum que pode gerar dúvidas e inseguranças. Muitas vezes, essas emoções podem nos levar a questionar a segurança emocional, a frequência e intensidade da ansiedade, e até mesmo se as nossas preocupações são reflexos de nós mesmos ou do relacionamento em si. Para lidar com essas questões de maneira eficaz, é importante explorar profundamente nossas emoções e crenças, e entender como elas influenciam nossas interações e decisões dentro do relacionamento. Neste artigo, vamos explorar cinco perguntas fundamentais que podem ajudar a lidar com a ansiedade no relacionamento, promovendo uma maior compreensão e aceitação tanto de si mesmo quanto do parceiro.

5 perguntas para ajudar a lidar com a sua ansiedade no relacionamento

1 – Estou emocionalmente seguro com essa pessoa?

Para se sentir emocionalmente seguro, você precisa sentir-se aceito pelo que você é e pelo que precisa. Seu parceiro pode não gostar de todos os aspectos da sua identidade ou não conseguir atender a todas as suas necessidades, mas sentir-se seguro em um relacionamento requer que essas partes sejam reconhecidas, conhecidas e aceitas. (Aviso importante: Segurança emocional não se aplica a comportamentos abusivos. Se você está sofrendo abuso, isso é sempre motivo para terminar o relacionamento e buscar sua segurança pessoal.)

Não confunda sentir-se seguro com sentir-se bem o tempo todo. A segurança emocional significa que você tem espaço para explorar o que não está se sentindo bem e desenvolver uma estratégia compartilhada para se sentir mais aceito (e, portanto, mais conectado) no relacionamento.

2 – Qual é a frequência, duração e intensidade da minha ansiedade?

Comece a monitorar quando a ansiedade surge e como ela se manifesta. A ansiedade geralmente aparece quando percebemos que estamos sob ameaça, como a ameaça de ser machucado, deixado, usado, aproveitado, julgado ou criticado. Se você perceber que sua ansiedade o leva a atribuir significado a uma emoção — como “ele não está prestando atenção em mim, então posso encontrar alguém melhor” — isso pode ser sua tentativa de buscar alívio em momentos estressantes, e não um sinal de que seu relacionamento deve terminar.

Em vez disso, torne-se consciente do sentimento que você experimenta primeiro (como tristeza, raiva, medo) que o leva a tirar uma conclusão (por exemplo, “esta é a pessoa errada para mim”). Agora tente conhecer esse sentimento: há quanto tempo ele está aqui? Quando ele apareceu pela primeira vez? Qual é a sua memória mais antiga de experimentar essa emoção? Então, considere se a conclusão que você tirou é uma resposta ao relacionamento atual ou espelha como você reagiu a grandes emoções no passado para se manter seguro em seus relacionamentos formativos anteriores.

Não queremos tomar decisões em um momento de luta, fuga ou congelamento, pois esses modos de sobrevivência indicam que estamos buscando segurança, não estados em que podemos nos conectar com nossa sabedoria interior e o que é realmente certo para nós. Em vez disso, pergunte-se como você se sente em relação ao relacionamento quando não está em um estado ansioso. Meus clientes frequentemente descrevem suas intuições como não reativas, mas sim sutis, calmas e tranquilas; enquanto a ansiedade nos leva a focar em evitar uma ameaça ou insegurança.

3 – Minhas dúvidas ou inseguranças são realmente sobre mim?

Às vezes, projetamos nossas próprias preocupações ou emoções negativas nos outros, porque não queremos assumir isso por nós mesmos. Projetar pode assumir a forma de evitar um sentimento, crença ou julgamento que temos sobre nós mesmos, transferindo-o para outra pessoa. Isso permite que outras pessoas sejam os “donos” de nossos defeitos pessoais, distanciando-nos de ter que reconhecer as coisas que não gostamos ou que não nos fazem sentir bem dentro de nós.

Considere se você tem crenças negativas sobre sua própria suficiência que podem estar atrapalhando você de aceitar seu parceiro e a si mesmo. Você pode ser honesto sobre essas inseguranças pessoais com seu parceiro? Observe se assumir a responsabilidade por suas próprias lutas altera a dinâmica e, portanto, seus sentimentos sobre o relacionamento. Quanto mais autoaceitação somos capazes de obter, mais aceitamos as falhas dos outros.

4 – Quais são minhas crenças sobre conflito e luta nos relacionamentos?

Existe um equívoco de que devemos “ser felizes” o tempo todo nos relacionamentos e que é responsabilidade do seu parceiro nos fazer felizes. Se você acredita firmemente que não estaria lutando se estivesse com outra pessoa, pode estar tentando se livrar da responsabilidade por seu próprio papel nos desafios do relacionamento.

Uma pessoa não é capaz de atender a todas as nossas necessidades. De fato, em todos os relacionamentos, sempre há três conjuntos de necessidades que podem não ser atendidas ao mesmo tempo: suas necessidades, as necessidades do seu parceiro e as necessidades do relacionamento. Os casais mais bem-sucedidos não são necessariamente aqueles com mais coisas em comum ou que veem as coisas da mesma maneira, mas aqueles que negociam suas diferenças com respeito.

Pode ser útil perguntar a si mesmo: “Minhas vontades e necessidades podem ser vistas e reconhecidas pelo meu parceiro, enquanto são atendidas fora do relacionamento?” Esta pergunta permite que você contemple fortalecer e apoiar outros relacionamentos preexistentes em sua vida (incluindo o consigo mesmo!), em vez de buscar que elas sejam atendidas por um novo parceiro romântico.

5 – Eu explorei suficientemente minhas preocupações e medos?

Muitas vezes, quando nos preocupamos por estar com a pessoa errada, pulamos para dar sentido aos nossos medos, em vez de conhecê-los. Pode parecer contraditório, mas quanto mais sabemos sobre o que nos assusta, menos controle isso tem sobre nossas vidas.

Considere escrever tudo o que você sabe sobre sua ansiedade no relacionamento: como ela soa, do que ela tem medo que aconteça, o que ela não gosta no seu parceiro, o que espera encontrar em outra pessoa, etc. Vá em direção ao medo, em vez de planejar uma fuga dele.

Às vezes, a ansiedade no relacionamento está enraizada no medo do desconhecido, no medo de ser machucado ou no medo de perder a si mesmo. Conheça a sua forma particular de medo e encare-o. Pergunte o que ele quer que você saiba, sente-se com ele e, depois de explorá-lo suficientemente, decida o que você quer fazer a respeito (se é que precisa fazer algo). Queremos que o medo permaneça presente porque ele nos protege, mas não queremos que ele assuma o controle de nossas vidas.

Conclusão

Lidar com a ansiedade em um relacionamento exige um esforço consciente para explorar e entender nossas emoções, medos e inseguranças. Ao nos perguntarmos sobre nossa segurança emocional, a natureza e origem de nossa ansiedade, nossas projeções e crenças, e ao explorarmos suficientemente nossas preocupações, podemos desenvolver uma maior clareza e tranquilidade em nossas relações. Este processo não apenas fortalece a conexão com o parceiro, mas também promove um crescimento pessoal significativo. Ao aceitar e enfrentar nossos medos, podemos construir relacionamentos mais saudáveis e satisfatórios, baseados em respeito mútuo e compreensão.

Com conteúdo wellandgood.com

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